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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Condromalácia patelar - Por Zerbine Pimentel!



            A Condromalácia patelar (também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral, ou "joelho de corredor") consiste em uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes, que produz desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. É comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e corredores.
            Existem 4 níveis de condromalácia patelar, de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem.
GRAUS E CARACTERÍSTICAS
·      I - amolecimento da cartilagem e edemas
·      II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro < 1,3cm diâmetro
·      III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm
·      IV: erosão ou perda da cartilagem articular com exposição do osso subcondral.

                Os principais sintomas são: dor profunda no joelho ao subir e descer escadas, ao levantar-se de uma cadeira, ao correr, muitas vezes restringindo atividades físicas. Dores atrás ou ao redor da patela, ocorrem principalmente quando o joelho é flexionado - como ao subir escadas ou agachar-se, por exemplo. Uma ardência ou dor ao ficar com o joelho flexionado por longos períodos, mesmo sem forçá-lo, também é um sintoma comum na condromalácia patelar, além de crepitação e estalos, muitas vezes audíveis. É possível também a presença de derrame intra-articular (edema).

            A causa exata ainda permanece desconhecida, porém segundo a literatura, acredita-se que esteja ligada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos, que resultam no enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida.
            O fator mais comum é o traumatismo, seja por um trauma crônico por fricção crônica entre a patela e o sulco patelar do fêmur - por onde ela passa durante a flexão do joelho - em razão do uso inadequado de aparelhos de ginástica, bem como pela prática inadequada de esportes, com força excessiva aplicada na patela; ou por um trauma distinto, como uma pancada ou choque do joelho sobre um objeto, e lesão aguda da cartilagem femoropatelar, com impedimento da nutrição ideal dessa estrutura devido às rachaduras originadas.

            As anomalias biomecânicas, como a super pronação dos pés, também podem resultar em incongruência entre a direção em que a patela é puxada pelo músculo do quadríceps e o formato do sulco patelo-femural por onde ela se desloca.
            A recomendação é que se exclua exercícios e esportes de alto impacto como futebol, vôlei, basquete, corrida, ciclismo, ou atividades suspeitas de causarem a lesão; a  natação é um bom exercício para manter o condicionamento físico sem afetar o joelho, bem como reforçar os músculos fracos, fazendo exercícios leves e de baixo impacto e em  especial reforçar o músculo vasto medial para equilibrar as forças atuantes sobre a patela - fazendo extensão de cada perna separadamente, por exemplo.É importante avaliar o limite de extensão e flexão do joelho durante os exercícios, para não agravar o quadro e de peça a um profissional como o professor de educação física para demonstrar.   Deve-se evitar sobrecargas nesta articulação, alongar quadríceps, banda iliotibial (lateral), posterior da coxa, tendões e panturrilha regularmente e não esquecer que o alongamento deve ser feito antes e depois dos exercícios.
            Outras terapias são recomendadas principalmente com o acompanhamento de um profissional de fisioterapia como colocar gelo no joelho após os exercícios, deve-se também  evitar subir e descer escadas, garantir lugar suficiente para a perna no carro ou no seu lugar de trabalho, evitando manter o joelho flexionado mais de 90 graus por muito tempo, manter boa postura e evitar cruzar as pernas por longos períodos, não sentar sobre as pernas com o joelho em hiperflexão, quando estiver deitado, não deixar o peso do corpo pressionar ou mover a patela, usando um travesseiro para manter os joelhos levemente separados e as patelas no lugar.

            Outras dicas podem ser adotadas como usar sapatos confortáveis, principalmente durante os exercícios, evitar aplicar peso excessivo na articulação afetada, perder peso se necessário. Contudo é imprescindível fazer uma avaliação com um reumatologista, um ortopedista, fisioterapeuta, para receber o tratamento correto. Jamais faça exercícios em academias sem a assistência de um professor de educação física.
Referências
 MACHADO, F. A. e AMORIM, A. A. - Condromalácia patelar: aspectos estruturais, moleculares, morfológicos e biomecânicos

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